O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), reagiu ontem às informações de que teria sido estimulado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a não assumir a candidatura à vice-presidência da República em eventual chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, José Serra, ou mesmo desistir de sua própria candidatura ao Palácio do Planalto.

Aécio e Lula se encontraram na semana passada, em Brasília. "Se o presidente Lula, obviamente, tiver algum conselho nesse campo, dará aos seus aliados e não aos seus adversários, até porque ele me respeita e é por isso mesmo que eu o respeito", afirmou o governador mineiro, em Roma, na Itália.

Segundo ele, a ideia não passa de ilação de bastidores "que não tem compromisso com a verdade e com a realidade". "A minha articulação é no meu campo político. Na verdade, quem busca trazer ilações como essa em nada contribui para o bom encaminhamento desse processo".

Aécio reafirmou que o PSDB tem dois nomes colocados à Presidência da República e que a decisão sobre a escolha do candidato será discutida no tempo certo. "Só aqueles de muita (sic) pouca personalidade e nenhuma dimensão política é que temem conversar com o adversário e transformar conversa em subordinação".

Conforme Aécio, conversas com o presidente ocorrerão quantas vezes forem necessárias, quando os interesses do Estado estiverem em jogo. "No campo político, trabalharei com as pessoas sérias que estejam no campo das oposições", reforçou.

CEMIG - Aécio se reuniu ontem em Roma com o presidente da Terna S.P.A (Rete Elettrica Nazionale S.P.A) para finalizar os entendimentos sobre a transferência dos ativos de transmissão da Terna Participações, adquirida em abril pela Cemig por R$ 2,2 bilhões.