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Lei de cotas completa 18 anos com baixa adesão

Santo André estimula empresariado com selo da diversidade; apenas 2% dos deficientes estão ativos

Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
01/10/2009 | 07:00
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Segundo dados do Ministério do Trabalho, somente 2% dos 30 milhões de deficientes do Brasil são ativos no mercado de trabalho. Mesmo com a lei de cotas, que completa 18 anos em 2009 e prevê que toda empresa com mais de 100 funcionários reserve parte dos seus postos para pessoas com algum tipo de deficiência, a prática é muito diferente da teoria.

Para tentar estimular o empresariado local, Santo André adotou o "selo paulista da diversidade". A parceria com o governo estadual contempla as empresas que demonstram responsabilidade social.

A certificação é concedida quando a empresa cumpre com um conjunto de medidas que visa promover a inclusão e a igualdade de oportunidades e de tratamento dos integrantes de grupos discriminados em função da cor, raça, etnia, origem, sexo, deficiências, idade, credo religioso e orientação sexual.

Segundo o secretário de desenvolvimento econômico de Santo André, Vanderlei Retondo, o município tem como auxiliar as companhias que se interessarem na contratação de pessoas com limitações. "O CPETR (Centro Público de Emprego, Trabalho e Renda) pode oferecer cursos de capacitação, tanto para o lado empresarial, quanto para os trabalhadores com deficiência que desejam se inserir no mercado de trabalho."

De acordo com o gerente regional do Ministério do Trabalho, Mauro José Correia, a fiscalização e punição das empresas que não cumprem a cota é comum, pois falta conscientização. "O preconceito é a palavra-chave da história, enquanto não conseguirmos provar que os deficientes têm capacidade de trabalhar, os índices não vão mudar."

O presidente da Comissão da Pessoa Deficiente da OAB, Ronaldo Menezes da Silva, afirmou que há alternativas. "A acessibilidade usada como empecilho por muitas empresas pode ser combatida com o tele-trabalho, por exemplo, onde o indivíduo realiza as atividades sem sair de casa. Não há mais desculpas para acabar com o preconceito."




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