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Oposição entregará indícios de voto irregular a Manente
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
30/09/2009 | 07:40
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Os vereadores de oposição de São Bernardo entregarão hoje ao presidente da Câmara, Otávio Manente, documento com indícios de que houve irregularidade por parte de um parlamentar no caso do voto fantasma.

Não será uma denúncia formal, como indica o parecer do setor jurídico da Casa para que seja aberta investigação. Mas, com a iniciativa, os vereadores contrários à administração do prefeito Luiz Marinho (PT) jogam novamente a responsabilidade da apuração dos fatos nas mãos do líder do Legislativo.

"A alegação para não averiguar é de que não há evidências e provas sobre o ocorrido. Apresentaremos, então, alguns indícios do que aconteceu", salienta Ary de Oliveira (PSB), evitando falar se apontará o parlamentar Marcelo Lima (PPS) como suspeito, o que poderá acirrar os ânimos entre os blocos adversários na Casa.

"Foi uma sessão pública, diante das pessoas que comparecem para assistir e da imprensa. Existem fotos em jornais e na internet de que houve irregularidade", enfatizou o socialista.
EMNa plenária do dia 19 de agosto, um voto a mais fora computado em nome do vereador Estevão Camolesi (PTdoB), que sequer estava no recinto de votação no instante da deliberação de um projeto.

O trabalhista senta-se na ponta da bancada e o único parlamentar ao seu lado é Marcelo Lima, que aparece em imagens inclinando o corpo e abrindo a gaveta do companheiro onde ficam os botões eletrônicos de votação.

"Com o documento, o presidente terá de tomar providências. Caso contrário, é prevaricação (faltar aos deveres do seu cargo)", ressaltou Ary.

Taxa do lixo - A bancada de oposição, além de se reunir para definir a ação diante do voto fantasma, também se encontrou ontem com o secretário de Finanças da Prefeitura, Jorge Garagorry.

Os vereadores do PSB, PMDB e PSDB sugeriram mudanças no projeto de lei que altera a cobrança da taxa do lixo. Hoje, cada contribuinte da cidade paga imposto único de R$ 246. Com a proposta da administração, será cobrado R$ 1,80 por metro quadrado de área construída dos imóveis residenciais e comerciais. Em alguns casos haverá aumento e em outros diminuição do valor.

Para que a diferença não seja tão agressiva aos proprietários de grandes imóveis, os parlamentares sugeriram diferentes faixas de valores por metro quadrado, conforme o tamanho das construções. O titular da Pasta estudará a sugestão, mas é possível que a matéria, com a mudança, seja aprovada na sessão de hoje.




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