A senadora e pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva (AC), e o vice-presidente nacional de seu partido, o vereador Alfredo Sirkis, acusaram ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter antecipado em um ano a campanha eleitoral, ao lançar, em janeiro, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como nome do PT à sucessão.

Segundo eles, "a manobra provocou desorganização e paralisia na gestão da administração pública".

Marina e Sirkis preferiram criticar a iniciativa do presidente Lula a falar sobre suas conversas com outros partidos na tentativa de estabelecer alianças para 2010.

Evitaram polemizar sobre as dificuldades que o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), pré-candidato do partido ao governo do Rio, passou a enfrentar depois que Marina se filiou à legenda - o PSDB passou a considerar a possibilidade de lançar nome próprio.

"Infelizmente, terminamos a eleição de presidente e governador, começa a se discutir a de prefeito e vereador, e depois volta para presidente e governador. É um prejuízo para a gestão pública, como se fosse paralisia a cada dois anos no País", afirmou Marina, após receber, na Câmara do Rio, título de cidadã honorária.