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S.Bernardo abre licitação para celular
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
29/09/2009 | 07:44
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A Prefeitura de São Bernardo publicou edital na sexta-feira para contratação de prestadora de serviços de telefonia móvel. Pelo texto, publicado em jornal da Capital, a empresa fornecerá 100 aparelhos celulares sob a forma de comodato. A licitação está marcada para o dia 8, às 10h, na Avenida Kennedy, 1.100, no bairro Anchieta.

Há 15 dias, no entanto, o Diário solicitou dados sobre o assunto, mas a administração municipal não respondeu. O Ministério Público irá investigar o uso dos aparelhos pelos Executivos da região.

Ainda de acordo com a publicidade legal, os interessados poderão consultar o edital na CLM (Coordenadoria de Licitações e Materiais). A Prefeitura recomenda que a pessoa leve um CD "de boa qualidade", para gravar o conteúdo.

Até ontem, o site da Prefeitura de São Bernardo não trazia nenhuma informação sobre o processo licitatório público para aquisição dos 100 aparelhos.

Ontem, a reportagem solicitou à Prefeitura informações sobre o processo e a modalidade em que se enquadra, mas novamente não obteve retorno.

Vereador governista, Tião Mateus (PT) desconhecia a publicação do edital. Procurado por telefone, o petista José Ferreira de Souza, o Zé Ferreira, líder do governo Luiz Marinho (PT), não retornou as ligações.

O vereador Admir Ferro (PSDB) disse também não saber sobre a publicação e o interesse de o prefeito em adquirir os 100 celulares. Ex-secretário de Educação na gestão de William Dib (PSDB), o tucano garantiu que nunca usou aparelho celular pago com verba pública. "Nem eu nem o pessoal que trabalhava comigo na secretaria; mas vamos dar uma olhada, porque se trata do erário público", afirmou.

Agora, de volta ao Legislativo, Admir Ferro usufrui do benefício, junto dos outros 20 parlamentares - o limite médio para falar é de 1.400 minutos no plano que custa R$ 7.600 mensais à Casa.

No total, são pelo menos 308 aparelhos celulares e rádios espalhados pelas câmaras de São Bernardo, Santo André, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires, conforme o Diário apontou na edição de ontem. Todos com contas financiadas pelo dinheiro público.




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