Política Titulo Nepotismo
Subordinado a Dilma autoriza contratação de filha
15/09/2009 | 08:06
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Moeda de troca na formação das alianças partidárias, os 20.582 cargos de DAS (Direção de Assessoramento Superior) da Esplanada, destinados aos indicados dos partidos, vez ou outra "sobram" para os familiares de servidores ocupantes de postos-chave no governo. Subordinado à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, Sérgio Braune Solon de Pontes é pai de Ana Paula Souza Solon de Pontes, servidora comissionada do Ministério da Integração Nacional, dona de um DAS-3, com salário de R$ 4.042.

Todos os pedidos de DAS para os não concursados passam pela mesa do pai de Ana Paula, titular de dois cargos na Casa Civil: assessor da Subchefia para Assuntos Jurídicos e administrador-geral do Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais do governo federal.

Ana Paula, atualmente, está na Malásia trabalhando como tradutora para um grupo de empresários brasileiros. Trata-se de uma atividade particular, totalmente desvinculada da função de assessora técnica da Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste, para a qual ela foi nomeada no dia 4 de junho.

Sérgio nega estar infringido a lei antinepotismo e diz mesmo que não sabe como se deu a nomeação de sua filha.
"Não vejo estranheza nisso, não interferi de maneira nenhuma", diz. Sua afirmação se choca com as de servidores da secretaria do Centro-Oeste.

Segundo eles, o secretário José Antonio Parente disse que obedeceu a ordens da Casa Civil. Parente nega a informação. Afirma que tomou "uma decisão interna", após examinar o currículo da candidata ao cargo. "Cabe a mim somente decidir, se eu não dei o cargo (a outros servidores) é uma decisão minha, ninguém tem nada com isso", diz.

Para viajar, Ana tirou licença "para tratar de interesses particulares", sem ônus. A licença foi concedida pelo secretário executivo do ministério, João Reis Santana Filho, no dia 21 de agosto, fundamentada no artigo 1º parágrafo 3º do decreto 1387/95.




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