Política Titulo Punição
Clóvis Volpi e Jorge Mitidiero terão de pagar R$ 15 mil
Orlando Müller
Especial para o Diário
04/09/2009 | 07:36
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O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), e o atual secretário de Saúde e ex-vice-prefeito, Jorge Mitidiero, foram condenados a pagar R$ 15 mil (mais juros desde 2004) à diretora administrativa da Apraesp (Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com Deficiência), Maria Aparecida Moura. Julgado pelo juiz José Wellington Bezerra da Costa Neto, o processo de danos morais refere-se à divulgação de panfletos às vésperas das eleições de 2004.

Maria Aparecida é irmã de Lair Moura Sala Malavila, a Lair da Apae, candidata a vice-prefeita em 2004 na chapa encabeçada pelo ex-prefeito Valdírio Prisco.

Os panfletos divulgavam que Maria Aparecida estaria sendo remunerada com altos salários, isso porque, sendo irmã de Lair, presidente da Apae, teria sido contratada em prática de nepotismo. Em sua decisão, o juiz publicou que houve "dano moral à vítima, consistente na agressão moral perpetrada de modo injusto e público."

A decisão do juiz também levou em consideração entrevista de Volpi publicada pelo Diário em 5 de outubro de 2004, na qual o prefeito admite que o ataque à irmã de Lair Moura fez a diferença nas urnas.

Foi horrível. Minha imagem ficou distorcida não só com a população, mas também com os funcionários da Apraesp", afirmou Maria Aparecida.

Ela disse que irá recorrer da decisão, pois julga que o valor da indenização não corresponde ao dano causado. "Quero R$ 100 mil. Fiz algumas contas e o Volpi ganhou R$ 800 mil nos quatro anos à frente do primeiro mandato como prefeito", explicou. Segundo ela, o valor baixo da decisão pode incentivar outros políticos a praticarem o mesmo ato.

Segundo Lair da Apae, se não fosse o folheto Volpi teria perdido a eleição. "Era uma diferença muito grande entre ele e o Prisco, que estava na frente." A ex-candidata afirmou ainda que move no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) processo contra Volpi por calúnia em benefício político.

Volpi foi procurado pela reportagem, mas não atendeu aos telefonemas.
(Supervisão Raphael Ramos)




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