O São Caetano entrou ontem com recurso no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) contra a pena de 120 dias de suspensão imposta ao técnico Antonio Carlos por invadir o campo aos 48 minutos do segundo tempo para comemorar o segundo gol (marcado por Wendell) na vitória de virada sobre o Brasiliense (2 a 1) no Anacleto Campanella, na 16ª rodada da Série B do Brasileiro, no dia 7 de agosto.

Os auditores que julgaram o caso entenderam que o treinador infringiu o artigo 274 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (invadir local destinado à equipe de arbitragem ou à partida).

Como a punição é automática, Antonio Carlos não poderá comandar a equipe no confronto de sábado, contra o Vila Nova, em São Caetano.

A pena termina no dia 29 de dezembro. Sendo assim, o técnico estaria fora do restante da competição, prevista para acabar no dia 28 de novembro.

Antonio Carlos ficou indignado com a punição. "Entrei poucos centímetros no gramado para comemorar um gol. Não foi para xingar, reclamar, nem agredir ninguém. Era final de jogo, um gol que nos deu a vitória nos acréscimos. Não consegui me conter. Não tumultuei a partida, nem causei a interrupção. Tanto que após o gol o juiz encerrou o confronto. Só podem ter errado na análise dos fatos e julgaram errado o caso", desabafou.

No recurso, o São Caetano deve usar o mesmo argumento do treinador, de que não invadiu o campo para tumultuar o jogo.

Antonio Carlos é o responsável pela recuperação do time na Série B. Quando ele chegou ao clube (quinta rodada), a equipe ocupava as últimas posições e, agora, figura nas primeiras.

O zagueiro Arthur, expulso na mesma partida, foi punido com um jogo, já cumprido.