Política Titulo Diadema
Ação tenta barrar posse de conselheiros
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
31/07/2009 | 07:44
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No dia da posse dos dez conselheiros tutelares eleitos de Diadema no pleito de domingo, um mandado de segurança coletivo, com pedido de liminar, será impetrado hoje no Fórum. Pelo menos, dez ex-candidatos apontam irregularidades registradas no sistema de votação e apuração no dia da eleição.

Entre os problemas apontados estão divergências de números de votos nas urnas, eleitores computados no sistema e assinaturas coletadas registradas nas atas de abertura e encerramento dos trabalhos nas 20 escolas municipais (veja quadro abaixo).

No total, foram 10.060 votos, de acordo com números apontados pelo CMDCA (Conselho Municipal da Criança e do Adolescente), gestor do processo eleitoral. Mesmo sem ser obrigatório o voto para o eleitor da cidade, 922 votos foram computados entre brancos e nulos, que correspondem a cerca de 20% do total conquistado pelos dez conselheiros eleitos (4.967) e 10% do total geral.

"Como teve tanto voto nulo se não era obrigatório votar?", indagou o atual conselheiro Vagner Rodrigues da Graça, que encerra hoje o seu mandato e obteve 86 votos. Segundo Graça, o pleito de 2006 teve 112 votos nulos.

Para a advogada Elienai Santana, que defende os candidatos desclassificados, os problemas com as zerésimas e a dança desencontrada dos números são motivos para anulação do pleito. "Os mesmos erros da eleição de 2006 foram repetidos pela Prefeitura neste ano", afirmou.

Defesa profissional dos candidatos desclassificados à parte, Elienai, que saiu candidata na eleição de 2006 e é militante na área dos direitos da criança e do adolescentes, vai além. "Infelizmente, as falhas constantes nesse processo estão repercutindo na imagem do Conselho Tutelar de Diadema, hoje bastante desgastada perante a população", ressaltou.

O que não desanimou Bruno do Nascimento Santos, 23 anos, para concorrer pela primeira vez. "O processo começou errado desde o início com o descumprimento do edital. No dia da apuração, 38 pastas que traziam as zerésimas e o disquete com os votos das urnas não vieram lacradas. Reclamamos na hora, mas ninguém fez nada", denunciou.

A Prefeitura encaminhou ontem a mesma resposta publicada na edição de terça-feira do Diário. "O processo de eleição dos conselheiros tutelares seguiu dentro da legalidade e foi fiscalizado pelo Ministério Público".

O Ministério Público informou que "a votação foi conferida manualmente, utilizando-se os boletins das urnas eletrônicas, correspondendo exatamente ao número apurado pelo processo digital".




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