Nacional Titulo Determinação
Justiça suspende obra de trem para aeroporto de SP
29/07/2009 | 08:28
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A Justiça de Guarulhos, na Grande São Paulo, determinou terça-feira a imediata paralisação de "toda e qualquer obra" relacionada aos projetos do Expresso Aeroporto e do trem de Guarulhos. Na ação civil pública protocolada em maio pelo MPE (Ministério Público Estadual), o promotor Ricardo Manuel Castro apontava falhas no Eia-Rima (Estudo e no Relatório de Impacto Ambiental) apresentados pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para a obtenção da licença ambiental da obra. Ainda há possibilidade de recurso da decisão liminar.

O governo do Estado considera a ligação férrea entre a Capital e o Aeroporto Internacional de Cumbica estratégica para atender à crescente demanda de passageiros do setor aéreo e, principalmente, absorver o fluxo de turistas durante a Copa do Mundo de 2014. O projeto prevê o funcionamento compartilhado de duas linhas, num traçado de 28,1 quilômetros - uma ligando a Capital paulista ao conjunto habitacional do Parque Cecap, em Guarulhos, e outra entre a Estação da Luz, no Centro de São Paulo, e o terminal de passageiros de Cumbica, sem estações intermediárias e com intervalo fixo de 15 minutos.

O primeiro Eia-Rima da obra já havia sido rejeitado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Na ocasião, técnicos detectaram deficiências que não permitiam a análise da viabilidade ambiental do empreendimento. Um novo Eia-Rima foi apresentado pela CPTM e, em 14 de abril, o Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente) expediu a licença ambiental prévia da obra.

Mas, para o promotor, o segundo Eia-Rima apresenta as mesmas falhas do anterior e, portanto, "é nulo de pleno direito". A avaliação do MPE é baseada em aparecer assinado pelo geógrafo Denis Dorighello Tomás. "Da leitura e análise deste segundo estudo (...), apreende-se que persistem as mesmas insuficiências apontadas no parecer técnico do órgão ambiental competente referente ao primeiro estudo", diz o parecer do geógrafo.

Castro também classificou de "simplórias e generalistas" as informações sobre os impactos da obra na APA (Área de Proteção Ambiental) da Várzea do Tietê, onde está o Parque Ecológico do Tietê. E criticou as análises sobre eventuais riscos à estrutura da Estação da Luz, tombada pelo Patrimônio Histórico.




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