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Para Serra, decisão sobre candidatura só em 2010
29/07/2009 | 07:42
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O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou ontem que uma decisão dele sobre se será ou não candidato à Presidência da República sairá somente em 2010. "No ano que vem eu vou ver quais serão os planos", ressaltou o tucano.

Líder nas pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto, Serra tem até abril para anunciar suas intenções políticas. No caso de concorrer à Presidência, a legislação eleitoral obriga que deixe o cargo até seis meses antes do pleito.

Serra fez a declaração quando respondia a críticas de que tem adotado medidas eleitoreiras à frente do governo paulista de olho em 2010. "Alguém disse que é mais uma ação eleitoral (a criação de uma agência estadual de fomento). É um absurdo. Quando eu era deputado na Constituinte, fiz a emenda e depois a lei que deu origem ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Posso dizer que sou o criador do FAT. Nem por isso ninguém achou no final dos anos 80 que eu já estava com projetos presidenciais na cabeça. Não tinha", ponderou.

"Pelo menos no horizonte daquela época ainda achava que tinha de esperar um pouco", emendou, arrancando risos dos convidados na cerimônia que marcou o início do funcionamento do banco de fomento Nossa Caixa Desenvolvimento.

Serra tem evitado falar publicamente sobre uma candidatura a presidente. Dentro do PSDB ainda enfrenta a disputa com o governador de Minas, Aécio Neves, pela vaga de presidenciável. Desde o início do ano, diante de qualquer pergunta sobre as eleições de 2010, ele entoa o mesmo discurso - o de que a antecipação do debate eleitoral é prejudicial ao País e que os governantes deveriam se concentrar em ações de combate à crise econômica em vez de se preocuparem com questões eleitorais. Já fez até críticas diretas ao PT.

Viagens - Apesar da retórica, Serra tem se movimentado para fortalecer sua candidatura. Aproveitando compromissos de governo, o tucano está fazendo uma incursão silenciosa pelo País. Somente neste ano, ele viajou, pelo menos, dez vezes a outros Estados, como Paraná, Pernambuco, Santa Catarina, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.

PT define ações para fortalecer Dilma no Estado

Depois de rodar o Estado em caravanas pelo Interior, o PT já definiu três novas frentes de ataque para fortalecer a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na terra de seu possível rival na disputa pelo Palácio do Planalto, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

A nova estratégia inclui a construção de uma agenda de eventos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Estado, a aproximação com movimentos sociais e a realização de novos encontros partidários por todo o Interior paulista.

O plano começa a ser posto em prática no início de agosto, logo após Dilma encerrar pessoalmente o ciclo de caravanas realizadas pelo PT Estado adentro desde junho. O ato ocorrerá dia 8 e deve reunir 2 mil pessoas no Sindicato dos Bancários.

No caso do PAC, petistas dizem ver a chance de colocar Dilma ao lado de Serra e evitar que o governador leve sozinho mérito pelas obras que recebem patrocínio federal. Na lista, estão empreendimentos como Rodoanel, obras de saneamento e habitação, entre outras. Petistas também querem que Dilma organize um evento de balanço do PAC no Estado, a exemplo do que tem feito em outras regiões.

Para definir a aproximação com os movimentos sociais e sindicalistas, a direção petista agendou para hoje reunião com a Central de Movimentos Populares e a CUT.




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