O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, agendaram para o dia 6 visita ao canteiro da Usina Hidrelétrica de Estreito, no Sul do Maranhão, e a uma escola técnica na periferia de São Luís, redutos da oligarquia Sarney. A viagem faz parte do esforço do governo em manter no cargo o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), envolvido em denúncias de nepotismo, tráfico de influência e improbidade.

Assessores do governo dizem que a visita de Lula e Dilma ao canteiro de obras de Estreito, o terceiro maior na área de energia do PAC, está prevista desde junho. Foi só agora, no entanto, com o agravamento da crise envolvendo o presidente do Senado, que a viagem passou a constar na agenda de Lula. Pela grandiosidade da obra, pessoas próximas do presidente avaliavam que Lula e a ministra deveriam visitar Estreito só mais à frente, com maior proximidade da corrida sucessória de 2010.

Como em todas as viagens presidenciais, há sempre a possibilidade de cancelamento ou adiamento. Até ontem, o gabinete da Presidência não havia divulgado a lista dos integrantes da comitiva que visitará a usina. É certo, porém, que o evento contará com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, apadrinhado de Sarney, e da governadora Roseana Sarney, filha do senador.