Política Titulo Missão árdua
Novo líder do PSDB-SP terá trabalho na região

Tucanato tem se mostrado enfraquecido; PT trabalhou bem na eleição 2012 e preenche espaço

Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
25/03/2013 | 07:29
Compartilhar notícia


 

De olho em 2014, o PSDB paulista começa a dar os primeiros passos para a eleição da executiva estadual, a ser realizada em 5 de maio. No momento, dois nomes surgem como possíveis candidatos ao comando do tucanato de São Paulo: o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-Ribeirão Preto) e o atual presidente e deputado estadual, Pedro Tobias (PSDB-Bauru). No Grande ABC, o desafio do escolhido será reestruturar a legenda, que perdeu força na eleição de 2012.

Ex-prefeito de Ribeirão Preto, Nogueira teve seu nome cogitado para presidir o PSDB estadual por indicação da bancada tucana no Congresso Nacional. O tucano demonstra conhecimento do cenário político da região. Ele é amigo do deputado federal William Dib (PSDB-São Bernardo).

"Temos consciência de que o PT tem uma força, até porque a origem é nessa região e o PSDB está com dificuldades para fortalecimento partidário. Na discussão da renovação do partido, a reestruturação no Grande ABC também é discutida", analisou Nogueira.

A visão dele segue a linha de Tobias, que após as eleições municipais reconheceu o enfraquecimento do PSDB devido, segundo ele, às estratégias erradas do partido.

Na teoria, "a vez" é de um deputado federal ser presidente do partido no Estado, mas Tobias é visto como favorito para seguir à frente da legenda por mais dois anos. O deputado estadual condiciona a reeleição interna a uma mudança no estatuto do partido, permitindo que os mais de 4.000 delegados votem diretamente para presidente.

Atualmente, esses componentes elegem a executiva, que por sua vez escolhe o mandatário. A fórmula, porém, gera descontentamentos e a eleição direta é tema discutido no Congresso do PSDB. Os tucanos acreditam na mudança no estatuto até a eleição da nova direção do tucanato paulista.

Seja quem for o futuro presidente do PSDB, o desafio imediato será a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O líder tucano no Estado terá de buscar uma forma de fortalecer o partido na região, marcado por divisões internas. Desde a renúncia de Dib, em julho de 2012, a agremiação não tem coordenador regional. Somado a isso, o partido perdeu poder nas Câmaras locais.

Nesse contexto, Alckmin terá um palanque mais enfraquecido na região e terá de achar uma forma de furar o cinturão vermelho que se formou no Grande ABC. Afinal, o PT administra Santo André (Carlos Grana), São Bernardo (Luiz Marinho) e Mauá (Donisete Braga). O PMDB, responsável pelas administrações de São Caetano (Paulo Pinheiro) e Ribeirão Pires (Saulo Benevides), tem maior aproximação com o petismo em relação aos tucanos.

O desenho eleitoral de 2014, porém, parece não assustar Nogueira, que aposta nas ações do governo do Estado, como o Rodoanel, Poupatempo e outros programas como alicerces para Alckmin nas sete cidades. "O eleitorado não vai se manifestar de acordo com o desejo do líder local e por isso é importante seguir investindo e tornar visíveis as atuações do governo", pontuou.

 

 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;