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PSB já constrói palanque para Campos na região

Por virtual presidenciável, ordem é para socialistas evitarem o PT

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
25/03/2013 | 07:22
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O PSB paulista já está organizando palanques no Grande ABC para receber o virtual candidato à Presidência da República e governador de Pernambuco, Eduardo Campos. A ordem aos socialistas da região é manter distância do PT, com quem o partido rivalizará o pleito nacional - a presidente Dilma Rousseff (PT) disputará reeleição. Por outro lado, a medida avaliza a aproximação com o PSDB nacional.

"Não estamos mais interessados em caminhar no projeto do PT, porque sabemos que vamos ser adversários. Inclusive, vamos deixar o Ministério (da Integração Nacional). Temos que ter candidatura própria. É a vez do Eduardo Campos", disse o primeiro secretário estadual do PSB, Wilson Pedro da Silva.

A fórmula para sustentar a visita de Campos à região está na arquitetura de chapa forte de postulantes a deputados federal e estadual. "Já conversamos com o (ex-prefeito de Rio Grande da Serra, Adler) Kiko (Teixeira, PSDB) e com o Ramiro Meves (PSL) para serem candidatos pelo PSB. Queremos fazer de dez a 12 estaduais e oito federais por São Paulo", declarou Wilson.

O afastamento do PT reflete na região. A única cidade em que os socialistas detêm cargos no primeiro escalão é em Mauá, do prefeito Donisete Braga (PT), na Pasta de Segurança, com Carlos Thomaz. "É o único município que temos a obrigação de votar junto com o governo. Lá na frente, o Thomaz vai ter que decidir se fica no governo ou no PSB", explicou Wilson. Thomaz, no entanto, acredita que a candidatura de Campos não interfere na relação com o PT local. "O projeto do PSB em Mauá é caminhar junto por entender o que é melhor para Mauá. Trabalhamos nesse projeto desde o início", disse.

O único vereador da sigla em Santo André, Almir Cicote, compõe bloco de oposição ao prefeito Carlos Grana (PT). "É por isso (candidatura a Presidência) que a relação com o governo não saiu", justificou Wilson. Em São Bernardo, cidade comandada por Luiz Marinho (PT), o vereador Antonio Cabrera é da base governista. "Não temos nada em São Bernardo", afiançou o primeiro secretário do PSB.

A Câmara de São Caetano é comandada pelo socialista Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão da Padaria, que chegou ao posto com aval do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB). O Executivo deve caminhar ao lado do PT, já que seu partido pode permanecer na vice de Dilma. "Não temos nenhum cargo em São Caetano e não temos obrigação de votar com o Pinheiro", declarou Wilson. O caso é o mesmo em Ribeirão Pires, gerida por Saulo Benevides (PMDB).

Além do anúncio da saída do arco de alianças encabeçado pelo PT, o dirigente reforçou que o presidente do PSB paulista, deputado federal Márcio França, deve ser candidato ao Senado com apoio tucano, ou ser vice na chapa de reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A aproximação dos partidos pode ser estendida para a candidatura à Presidência.

 

 




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