A embaixada americana em Pequim manifestou nesta quinta-feira sua "profunda preocupação" com a prisão do dissidente chinês Liu Xiaobo, e pediu sua imediata libertação.

Militante pela democratização da China, escritor e ex-professor universitário, Liu foi detido em oito de dezembro passado, mas acusado formalmente nesta terça-feira por "atividades subversivas". Figura de proa do movimento Tiananmen de 1989, foi um dos signatários, em dezembro, da Carta 08 pedindo reformas democráticas na China.

"O governo americano está profundamente preocupado com as informações de que Liu Xiaobo foi formalmente preso e acusado de crimes sérios", disse à Richard Buangan, porta-voz da embaixada dos EUA em Pequim.

"Apelamos ao governo chinês a libertar o senhor Liu e a respeitar os direitos de todos os cidadãos que manifestam pacificamente seu desejo de liberdades reconhecidas internacionalmente", completa.

Detido por mais de seis meses sem acusação formal, Liu foi oficialmente "preso nesta terça-feira por atividades como difusão de boatos e difamação do governo visando à subversão e à queda do sistema socialista".

Segundo Mo Shaoping, advogado de Liu, seu cliente corre o risco de ser condenado a até 15 anos de prisão.