Economia Titulo Morto-vivo?
Trabalhador é cadastrado como morto
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
10/06/2009 | 07:00
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A burocracia do Ministério do Trabalho deverá fazer com que o ex-recepcionista Rubens da Rocha Evangelista, de São Caetano, fique sem receber, pelos próximos 90 dias, o seguro-desemprego a que tem direito.

Demitido no início deste ano, Evangelista, 37 anos, foi dar entrada no pedido, mas recebeu da Caixa Econômica Federal a informação de que o benefício estava bloqueado. Orientado a ir ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), ele descobriu que, de acordo com o cadastro nesse órgão, estava morto desde 2002.

O INSS informou que houve um erro no preenchimento da GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social) por parte da uma empresa em que o ex-recepcionista trabalhou, mas que a situação cadastral para que receba a aposentadoria, no futuro, já foi regularizada nesta semana. "Isso foi feito ontem (na segunda-feira), quando ele compareceu à gerência executiva do INSS em Santo André", informou, por meio de nota, o instituto.

No entanto, para receber o seguro-desemprego, Evangelista ainda precisa provar que está vivo para o Ministério do Trabalho. O gerente regional do ministério em Santo André, Mauro José Correia, afirmou que é necessário juntar uma declaração da empresa que cometeu o erro - atestando que a guia foi preenchida equivocadamente -, carteira profissional, o formulário do seguro-desemprego e cartão do PIS. Com esses documentos em mão, o desempregado poderá entrar com recurso, que será analisado em Brasília. "Vai demorar até 90 dias", afirmou Correia.

OUTRO - Há poucos dias, o Diário noticiou o caso de outra pessoa que constava como morto para o INSS: o industriário aposentado José Antonio da Silva, de Santo André. Quando foi à agência bancária neste mês, ele viu que não havia na conta o pouco mais de R$ 1.000 que recebe mensalmente. Foi informado de que constava como morto.

Silva, 55 anos, foi vítima de uma falha no sistema de óbitos do órgão federal. O erro aconteceu no cruzamento de dados com informações enviadas pelos cartórios. Um beneficiário com o mesmo nome do morador de Santo André morreu em 11 de março deste ano, gerando a confusão.




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