O ICI (Índice de Confiança da Indústria) elevou-se em 6% entre abril e maio de 2009, ao passar de 84,5 para 89,6 pontos, segundo divulgou ontem a FGV (Fundação GetUlio Vargas).

O avanço do índice pelo quinto mês consecutivo confirma a tendência de recuperação gradual do ritmo de atividade industrial após o forte declínio ocorrido no final do ano passado.

Pela primeira vez em 2009, o ICI está mais próximo de sua média histórica (99,1 pontos) do que do abismo alcançado em dezembro de 2008 (74,7 pontos), quando o cenário econômico no mundo ainda estava indefinido em relação à crise internacional.

Segundo a FGV, em maio, melhoraram tanto as avaliações em relação ao momento atual da indústria quanto as expectativas em relação aos próximos meses.

O ISA (Índice da Situação Atual) também melhorou e avançou 7,6%, ao passar de 86,5 para 93,1 pontos, aproximando-se de sua média histórica (99,9 pontos). O IE (Índice de Expectativas) subiu 4,4%, de 82,5 para 86,1 pontos.

As avaliações a respeito da demanda e do ambiente geral dos negócios no momento atual melhoraram sensivelmente entre abril e maio deste ano. O indicador que mede o grau de satisfação com o nível atual de demanda da indústria avançou 13,1%, ao passar de 80,1 para 90,6 pontos.

O indicador de satisfação com a situação dos negócios da entidade elevou-se em 12,2%, de 77,1 para 86,5 pontos.

Das 1.075 empresas consultadas pela FGV, 25,9% preveem melhora da indústria e 27,1%, piora. No mês passado, esses percentuais eram de 18,0% e 28,1%, respectivamente. As perspectivas para os próximos meses são as melhores desde outubro de 2008.

Outro dado otimista apontado pela FGV é com relação ao Nuci (Nível de Utilização de Capacidade Instalada) que subiu de 78,3% em abril para 79,2% em maio, no maior nível desde dezembro de 2008.