Economia Titulo PIB
Mantega agora diz que previsão para o PIB está mais perto de 2%
17/05/2009 | 07:09
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou na noite de sexta-feira que sua previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2009 está mais próxima a crescimento de 2% do que a zero, referindo-se ao intervalo de projeções citado por ele no dia anterior.

Na quinta-feira, foi a primeira vez que o ministro admitiu, ao projetar variação de 0% a 2%, que o PIB do País poderia ficar estagnado este ano - até então, a previsão da Fazenda era de expansão de 2%, mais alta do que a do Banco Central (BC), que estimou 1,2% no ultimo relatório de inflação.

"O governo não trabalha com (previsão de) crescimento zero, mas com crescimento positivo. No mínimo zero, até 2%. Eu acho que é mais para 2% do que zero", afirmou o ministro. Justificando a redução da faixa de projeção para o crescimento do PIB este ano, Mantega acrescentou que o quarto trimestre de 2008 foi "pior do que o esperado" e o primeiro trimestre de 2009 "foi fraco".

"A economia começou a mover-se mais rapidamente a partir de março, último mês do primeiro trimestre", afirmou. "Então, janeiro a fevereiro foi fraco, março começou a reagir, abril está indo bem e maio está indo bem. Então, já estamos em recuperação.

Olhando para frente, a economia está crescendo, aquecendo-se. No final do ano, vamos sentir bem esse aquecimento."

O ministro também disse que o juro básico da economia (taxa Selic) só poderia cair até 9% ao ano se o Congresso não aprovar as propostas apresentadas pelo governo para taxar com IR (Imposto de Renda) o rendimento das cadernetas de poupança cujos saldos superarem R$ 50 mil a partir de 2010 e reduzir o tributo de fundos de investimento ainda em 2009. "Mas isso (9%) não é suficiente para o que precisamos", afirmou.

Mantega acredita que o Congresso aprovará as propostas do governo porque tudo foi conversado com os líderes da base aliada, estes concordaram com as mudanças e são maioria. O ministro afirmou ainda que o governo não tem pressa porque a proposta de mudança nas cadernetas é para 2010 e isso só entraria nas declarações de IR em 2011. E que também observará o ritmo de eventual migração de aplicações dos fundos para a caderneta de poupança.

"Temos R$ 260 bilhões em cadernetas de poupança e R$ 600 bilhões em fundos de renda fixa. Se for pequena a migração, não vale a pena mexer em nada."

Mantega também acredita que haverá redução das taxas de administração dos fundos. "Se começar a ter saída, eles (os administradores de fundos) também terão de se adaptar aos novos tempos", finalizou o ministro.




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