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Magnetti visa mercado interno para ampliar vendas
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
11/05/2009 | 08:07
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Desde outubro, quando a crise financeira internacional começou a mostrar sua intensidade, boa parte das empresas exportadoras passou a repensar sua estratégia de vendas e substituir o mercado externo pelo doméstico. Com a unidade Camisas de Cilindro da Magnetti Marelli, de São Bernardo, não foi diferente.

Fabricante de camisas de cilindro para blocos de motor de alumínio para veículos de grande porte, camisas motores para motores à diesel e itens fundidos pelo processo de shell molding, como eixos comandos de válvula e cilindros aletados para motores de motos e automóveis de passeio, 80% da produção era destinada ao comércio exterior, especialmente à General Motors e à Ford.

Com a turbulência, boa parte dos pedidos foi suspensa, portanto foi pensado um plano de contingência para repor a receita perdida. "Na verdade, desde 2007, a ordem era não deixar a produção concentrada em nenhum produto", afirmou Carlos Lopes, gerente da unidade.

Assim como a maior parte das autopeças vêm fazendo, a Camisas de Cilindro está buscando diversificar o setor de atuação dos clientes, não mais se restringindo ao automobilístico, bastante afetado com a crise.

"Estamos prospectando o mercado de peças fundidas como um todo, como a indústria petroquímica, de eletrodomésticos, de transmissão de energia e área ferroviária", revelou Lopes, dizendo apenas que existem trabalhos em andamento, mas nada de concreto, por ora.

Segundo o executivo, outro fator que levou à busca de alternativas ao público alvo é que o processo de fomentar clientes na área automotiva é complicado. "Tudo o que se planta hoje leva-se uns 20 meses para se ter um resultado, por conta de ser um mercado muito competitivo. Além disso, um erro nesse mercado custa muito caro, caso de um recall, por exemplo".

ESTOQUE
Lopes informou que a unidade já está pensando em compor novo estoque, pois a Ford e a GM já estão retomando suas produções.

Dessa forma, a expectativa de produção de camisas de cilindro para blocos de motor de alumínio, que antes era de um milhão de peças por mês e hoje está em 200 mil, atinja 500 mil. A perspectiva implicou o cancelamento da suspensão temporária de 71 funcionários, anunciada na semana passada.




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