A reunião de ontem entre a presidente estadual do PV, Regina Gonçalves, e os vereadores da sigla em Mauá Silvar Silva Silveira e Atila Jacomussi não conseguiu vencer o impasse instaurado na legenda municipal desde a saída do ex-prefeito Leonel Damo e a suspensão do diretório municipal. No mês passado, a chapa encabeçada por José Carlos Orosco Júnior, marido da deputada estadual Vanessa Damo (PV) e sogro de Leonel, foi reprovada pela executiva do PV.

Antes da reunião, o nome do ex-vereador Admir Jacomussi era tido como certo para assumir o comando do partido na cidade e acabar com o mal-estar entre os filiados de Mauá. No entanto, Regina teria recusado a nomeação por conta do parentesco entre Admir e Atila, que também participaria da nova diretoria. Atila confirmou o temor do PV. "Eles tiveram problemas no passado porque o PV era comandado pela família Damo e acham que o problema voltaria a acontecer com a minha nomeação e a do meu pai."

Como alternativa, a executiva teria apresentado o nome de Marcos Volpi, sobrinho do prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV). O chefe do Executivo ribeirãopirense negou qualquer tratativa para conduzir o sobrinho ao novo cargo. "Se ele foi indicado não sei. Encontrei com ele hoje (ontem) e ele não comentou nada. Não gostaria que ele fosse presidente. Eles (os vereadores de Mauá) estão com a impressão de que sou eu quem está querendo mexer no partido, mas não é verdade. Discordo do que aconteceu nas eleições municipais do ano passado e acho que o partido tem de ser reestruturado, mas não estou mexendo em nada disso", justifica.

Regina afirma que o partido não está negociando a nova direção. "Tivemos apenas uma conversa amigável para esclarecer aos vereadores ações feitas pelo PV. Não discutimos nada além disso." A executiva deve marcar reunião novamente com os vereadores para decidir o futuro do diretório de Mauá.