A produção das indústrias do País cresceu 0,7% em março, em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi o terceiro mês consecutivo de aceleração – em fevereiro, a alta havia sido de 1,8%. Já na comparação com igual período de 2008, houve retração de 10%.

Com o resultado de março, o setor acumulou queda de 14,7% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano anterior. Em relação aos últimos três meses de 2008, a taxa ficou negativa em 7,9%. A perda acumulada nos dois últimos trimestres (-16,7%) é a mais elevada desde o segundo trimestre de 1990 (-19,8%).

“Após três meses de suave acréscimo mensal no nível de produção, acumulando alta de 4,8% entre dezembro e março, houve uma inversão na trajetória do índice de média móvel trimestral, que cresceu 1,6% em março frente ao mês anterior, após perda acumulada de 18% nos últimos cinco meses”, avalia a pesquisa.

De acordo com o IBGE, houve acréscimo em 11 dos 27 ramos pesquisados em março, liderados, mais uma vez, pelo setor de veículos automotores (7%), que acumula crescimento de 56,5% em relação a dezembro de 2008.

Também registraram aceleração os segmentos: farmacêutico (9%), outros produtos químicos (3,5%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalar e óticos (20,8%) e indústrias extrativas (2,4%).

Em contrapartida, dentre as indústrias que reduziram a produção, as principais foram: outros equipamentos de transporte (-15,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,3%), máquinas e equipamentos (-3,3%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-5,5%).

Entre as categorias de uso, os bens de consumo registraram as taxas mais elevadas: consumo duráveis (1,7%) e consumo semi e não duráveis (0,7%). O setor de bens intermediários (0,3%) manteve-se em patamar próximo ao do mês anterior, enquanto a produção de bens de capital (- 6,3%) foi a única que registrou queda nessa comparação pelo segundo mês consecutivo, acumulando perda de 13,0% nesse período.

Já na comparação com março de 2008, 20 ramos pesquisados apresentaram decréscimos na produção. Entre as atividades com recuo na produção, os maiores impactos sobre o índice partiram de: máquinas e equipamentos (-27,2%), veículos automotores (-18,5%), metalurgia básica (-29,2%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (-38,9%).