A Comissão Europeia revisou drasticamente nesta segunda-feira para baixo as previsões econômicas, com uma queda de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) na Eurozona para 2009, o que elevará no próximo ano o índice de desemprego a 11,5%, um recorde no pós-guerra.

Bruxelas antecipa que a zona euro, integrada por 16 países, permanecerá em recessão em 2010, com uma contração de 0,1%.

Nas previsões anteriores, publicadas em janeiro, a Comissão projetava uma queda do PIB de 1,9% em 2009 e um leve crescimento em 2010, de 0,4%.

Os novos dados são menos pessimistas, no entanto, que os publicados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE).

O FMI projeta uma queda do crescimento de 4,2% em 2009 e de 0,4% em 2010, enquanto a OCDE prevê contrações de 4,3% e 0,1% respectivamente.

A recessão se traduzirá ainda na perda de 8,5 milhões de postos de trabalho em 2009-2010 no conjunto da União Europeia (UE, 27 países), onde a taxa de desemprego chegará a 10,9% no próximo ano.

Na Eurozona, Bruxelas prevê um índice de 11,5% em 2010, nível sem precedentes desde o fim da II Guerra Mundial.

Os déficits públicos prosseguirão em alta, a 5,3% em 2009 e 6,5% em 2010 na Eurozona, segundo a Comissão.