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Mercado melhora as expectativas para o PIB
04/05/2009 | 07:04
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Aos poucos, o mercado financeiro começa a rever para melhor a estimativa de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) em 2009. Na semana passada, por exemplo, o boletim Focus, síntese de uma pesquisa do BC (Banco Central) com mais de cem instituições financeiras e consultorias, mostrou avanço na previsão para o crescimento da economia este ano: de -0,49% para -0,39%.

É um movimento tênue, mas não desprezível. "Os estímulos fiscais dados pelo governo, uma queda do juro maior do que se esperava antes e o aumento do investimento público resgatariam a confiança das pessoas em algum momento", afirmou o economista da Austin Rating, Alex Agostini.

São vários os fatores que, segundo alguns analistas, justificam uma mudança do cenário. Quinta-feira, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) informou que o nível de estoques das empresas encerrou abril bem próximo da média histórica, após um desempenho ruim em janeiro, fevereiro e março.

O excesso de estoques é, para muitos economistas, o principal vilão nas equações matemáticas utilizadas para estimar o crescimento do PIB. "Estoque alto significa que o mercado de trabalho continuará se deteriorando, o que, por sua vez, implica um freio para o consumo", diz o economista-chefe da Sul América Investimentos, Newton Rosa.

Nas contas dele, o PIB cairá 0,8% em 2009, principalmente por causa dos estoques. A avaliação de Rosa mostra que, embora os dados da FGV devam ser vistos com cautela - em razão da própria instabilidade dos indicadores em momentos de crise -, a melhora em um segmento tão relevante não pode ser desprezada.

Outro número considerado positivo divulgado recentemente foi o que mostrou uma alta de 3,8% das vendas no varejo em fevereiro, na comparação com igual mês de 2008. "É um indício de que a desaceleração do consumo poderá ser menos pronunciada do que muitos temem valendo ressaltar que a recuperação das vendas do varejo em janeiro e fevereiro ainda não contou com a ajuda do novo salário mínimo, que começou a ser pago no início de março", observaram os analistas da LCA Consultores.




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