Política Titulo Crítica
Lula diz que campanha do PPS é 'insana e mentirosa'
Das Agências
01/05/2009 | 09:27
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"O povo brasileiro me conhece e sabe que eu jamais iria tomar qualquer medida que pudesse prejudicar as pessoas que investem em poupança", afirmou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, referindo-se a uma das medidas econômicas mais delicadas em estudo pelo governo: as alterações nas normas da poupança.

Em rápida entrevista no canteiro de obras da CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), o presidente rebateu com irritação a propaganda do PPS veiculada na semana passada, comparando a medida ao confisco do governo Collor.

Sem citar diretamente o PPS, o presidente disse que o partido "teve uma atitude insana, mentirosa e de irresponsabilidade total ao dizer que o governo ia mexer na poupança". Mas, não descartou uma eventual mudança, embora tenha evitado entrar em detalhes sobre os estudos. "O assunto será discutido pela equipe econômica no momento que tiver de ser discutido", afirmou. "Aprendi há muito tempo com o velho Ulysses Guimarães, que em economia a gente não fala, porque, se falar, atrapalha, mesmo que seja uma coisa boa o que a gente vai fazer", justificou.

ARQUIVADO - O STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou ontem uma interpelação judicial contra o presidente Lula da Silva que o acusava de crime de racismo no episódio em que disse que a crise global foi "fomentada por comportamentos irracionais de gente branca, de olhos azuis". Na decisão, o ministro do STF Celso de Mello argumentou que não cabe pedido de explicação em declaração cujo conteúdo não seja ambíguo. O ministro ressaltou que, em caso de crime de racismo, só cabe processo por meio de ação penal de iniciativa privada.

A interpelação judicial foi impetrada pelo empresário de ascendência italiana Clóvis Victorio Mezzomo, que alegou ter sido ofendido pelo presidente, uma vez que é branco e tem olhos claros. Ele pretendia processar Lula pelo crime de racismo.

A declaração do presidente foi feita durante a visita do primeiro-ministro britânico Gordon Brown ao Brasil, em 26 de março. Sobre o episódio, Brown preferiu desconversar. "Eu não vou atribuir culpa (da crise) a nenhum indivíduo", afirmou no dia.




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