A agenda econômica da próxima semana traz como destaques a PMC (Pesquisa Mensal do Comércio) de fevereiro, que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgará na quinta-feira (16), mesmo dia em que sairão dois índices de inflação, o IPC-S da segunda quadrissemana de abril e o IGP-10 (Índice Geral de Preços 10) do mês de abril, ambos medidos pela FGV (Fundação Getulio Vargas). No Exterior, os próximos balanços do primeiro trimestre de empresas e bancos nos EUA seguirão no radar dos investidores.

A PMC poderá indicar se o consumidor continua desconfiado em relação aos efeitos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira e se as medidas do governo para estimular as vendas tiveram efeito em fevereiro.

Esse indicador tende a ter maior peso sobre o humor do mercado e a próxima decisão de Política Monetária do Copom, nos dias 28 e 29 de abril, do que os dados sobre inflação, que têm vindo bem comportados. Nesta semana, o IBGE informou uma forte desaceleração do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de março, para 0,20%, abaixo do 0,55% registrado em fevereiro e a menor taxa para um mês de março desde 1994. A FGV também apurou que a primeira prévia de abril do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) ampliou a deflação na comparação a igual prévia de março, passando de -0,45% para -0,53%.

As atenções também estarão voltadas para os próximos balanços corporativos que serão divulgados nos Estados Unidos. Se os resultados não vierem em linha com as expectativas, poderão adicionar volatilidade aos negócios, principalmente nas Bolsas e no mercado de câmbio.

Estão previstos os resultados de cinco dos 30 componentes do índice Dow Jones, incluindo as financeiras Goldman Sachs, na terça, JPMorgan na quinta, e Citigroup, na sexta-feira. As empresas Johnson & Johnson e General Electric também liberarão resultados na terça-feira e na sexta-feira, respectivamente.