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Mauá deve R$ 360 mil a professores
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
31/03/2009 | 07:35
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Com 90 dias à frente do Executivo, o prefeito de Mauá Oswaldo Dias (PT) ainda não conseguiu regularizar a situação dos 720 professores da rede municipal que cobram o bônus de R$ 500 da Prefeitura desde dezembro de 2008. A dívida soma R$ 360 mil.

A gratificação é paga aos profissionais que comparecem a mais de 80% das aulas no ano letivo. A Prefeitura aprovou em 2007 o Estatuto do Magistério, incorporando o bônus aos professores concursados e aos celetistas (contratações em regime de CLT) da Prefeitura de Mauá. No começo deste ano, os professores cobraram o repasse do recurso não pago pelo ex-prefeito Leonel Damo (PV) à administração de Oswaldo, que comprometeu-se a acertar a situação dos educadores o mais depressa possível.

Apesar da promessa, a Uniserv (União dos Servidores de Mauá) afirma que a Prefeitura rompeu as negociações. "A informação deles é de que a situação está sob análise do jurídico. Agora, se isso é uma lei do Executivo, o que é necessário analisar?", questiona o presidente Renato Martins de Abreu.

Ele cobra também a posição da Prefeitura quanto ao assunto. Renato diz que o secretário de Governo José Luiz Cassimiro (PT), ainda quando era vereador, pediu explicações ao ex-prefeito Damo sobre o bônus. "Se ele, como vereador, defendia o pagamento, porque agora como secretário não toma partido dos educadores e ajuda nas negociações? É muito fácil criticar quanto se é oposição", desabafa.

O documento, assinado pelo homem forte do governo Oswaldo em 19 de fevereiro de 2008, é referente ao bônus do ano letivo de 2007. Damo realizou o pagamento da gratificação em 29 de fevereiro. "Entendemos a situação financeira da cidade, mas não há sequer o interesse do Executivo de renegociar valores", reclama o sindicalista.

Diálogo - Renato reclama também da mudança na grade horária dos psicólogos que prestam serviço à Prefeitura. Os profissionais tiveram a carga de trabalho ampliada de 30 para 40 horas semanais com base na súmula 473 do STF (Supremo Tribunal Federal), sem qualquer modificação salarial. No documento, assinado pelo secretário de Saúde Paulo Eugenio Pereira Júnior, alega-se que com o quadro deficitário em diversas áreas de atuação torna-se necessária a medida. Apesar de legal, a decisão trouxe transtornos. "Não houve diálogo com os profissionais e seus representantes sobre o fato. Simplesmente baixou-se a portaria. Isso é uma falta de respeito com os profissionais", diz Renato.

Procurada, a Prefeitura de Mauá não se manifestou sobre os problemas até o fechamento desta edição.




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