Política Titulo Nepotismo
Clóvis Volpi não teme críticas por manter irmão e filho no governo
Matheus Adami
Especial para o Diário
31/03/2009 | 07:28
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Apesar de exonerar 30 pessoas por nepotismo hoje, o prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi (PV) não teme retaliações por manter no Paço o irmão, Antonio Volpi (secretário de Finanças), e o filho, Luiz Gustavo Pinheiro Volpi (secretário de Juventude, Esporte e Lazer).

A súmula vinculante número 13 do STF (Supremo Tribunal Federal) determina a exoneração de parentes em cargos comissionados do Executivo e Legislativo. A exigência legal, no entanto, não tem efeito sobre cargos de secretário nas esferas municipal e estadual, e ministros de Estado.

"Quando você tem parentes, que trabalham, têm capacidade e são de sua estrita confiança, não vejo problema. Como a lei permite, eles vão ficar. Se não permitisse, iríamos exonerar", justificou Volpi, garantindo que tanto o irmão quanto o filho continuarão nos cargos por serem "extremamente competentes naquilo que fazem". Segundo o verde, Antonio Volpi trabalha junto a ele na administração desde o seu primeiro mandato, em 2005. Já Luiz Gustavo juntou-se à administração no começo deste ano.

As críticas não irão ocorrer, segundo o chefe do Executivo, justamente pelo fato de ambos serem competentes, na sua visão. "Não tenho nenhum medo de críticas. Se não fossem funcionários que trabalhassem, teria esse receio".

A ideia, segundo o prefeito e o secretário de Governo José Valentim Seraphin, é concluir hoje mesmo o processo de exoneração. "Já foi feito todo o trabalho e, inclusive, todos os funcionários comissionados assinaram um documento informando que não têm parentes trabalhando na Prefeitura", disse Seraphin.

O "pente-fino", como classificou o secretário, foi passado ontem no Paço, quando os cerca de 320 funcionários indicados declararam não possuir grau de parentesco na administração municipal.

As vagas, no entanto, devem ser logo repostas. Dos 30 cargos, cerca de 18 deverão ser preenchidos "com urgência", segundo Seraphin, que disse que o trâmite envolvendo novos ocupantes dos cargos deve se desenrolar durante alguns dias de abril. As outras 12 vagas deverão ficar, por ora, congeladas. "Elas não têm uma importância tão grande e podem aguardar um pouco mais".




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