Política Titulo Divergência
Apeoesp quer reunião com Reali antes de votar municipalização
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
27/03/2009 | 07:34
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Com o plano de governo do prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), em mãos, a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha cobrou ontem dos vereadores de Diadema um encontro com o chefe do Executivo para discutir a permanência das cinco escolas, que devem ser municipalizadas por projeto de lei do Executivo sob a gestão do Estado. "O prefeito não mencionou em seu plano de governo que faria qualquer mudança no ensino da cidade. Vim cobrar umas posição sobre isso", desabafou a presidente.

O líder de governo, Laércio Soares (PCdoB), chegou a ligar para Antonio Fidelis, presidente municipal do PT, para solicitar a audiência. "O Mário já havia me procurado para agendar isso, mas não consegui entrar em contato diretamente com ele. Há interesse nas negociações por parte da Prefeitura."

Durante a campanha eleitoral, o então candidato do PT sempre se posicionou contrário ao processo de municipalização, uma das bandeiras do governo tucano. O tema não foi sequer mencionado em seu plano de governo na área da Educação. Com levantamento sobre o ensino municipal da cidade, Izabel reiterou a necessidade de investimentos da Prefeitura no déficit de vagas no Ensino Infantil. "Essa reunião serviu para que pudéssemos trazer os dados para fazer os vereadores votarem de acordo com a necessidade, com a demanda que é aumentar vagas para creches", disse.

A sindicalista explicou: "A cidade atende 1.394 crianças em escolas municipais e possui 1.182 em creches conveniadas. Na pré-escola há 11.689 alunos, e 3.184 em colégio que prestam serviço à Prefeitura. Eles atendem hoje só 66% da necessidade. É preciso um estudo mais profundo", alertou a educadora.

Manifestação - Os professores da rede estadual de ensino fizeram manifestação durante o dia todo dentro do plenário da Câmara. Os educadores temiam que o projeto entrasse em caráter de urgência para votação. O presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), reclamou da atitude. "Eu disse que não ia votar. Quando colocarmos na pauta, será votado. A favor ou contra é outra história, mas será votado."

Maninho disse que não deve auxiliar a Apeoesp em agendar uma visita ao prefeito. "Meu negócio é aqui, o prefeito é o prefeito", concluiu.




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