Ao utilizar três volantes - Fernando, Ricardo Conceição e Dirceu - o técnico Sérgio Guedes queria fortalecer o combate do Santo André. Ao mesmo tempo, deu a necessária liberdade para que Marcelinho Carioca atuasse mais livre, sem nenhuma obrigação de voltar para marcar os adversários.

Ontem, ele correu bastante, mas não conseguiu superar a intensa vigilância do Santos. Uma das raras chances do Santo André surgiu de um rápido cruzamento do meia para Cesinha na pequena área alvinegra.

Desde o começo, Marcelinho rodava na tentativa de furar o bloqueio santista. Avançava ou recuava. Usava Antônio Flávio e Júnior Dutra como referências nas tabelas. De tanto reclamar, o árbitro resolveu adverti-lo.

Antes de a bola rolar no segundo tempo, Marcelinho Carioca aproximou-se do pequeno Madson (de 1,60 m) no círculo central, colocou as mãos na cabeça do adversário e, em um gesto descontraído, não resistiu à brincadeira. "Enfim, achei alguém mais baixinho do que eu", zombou.

Aos 12 minutos, Roberto Brum, na dividida, derrubou Marcelinho. Caído no gramado, ele chegou a sair no carrinho até a pista, mas logo voltou ao campo. De repente, retomava o vaivém no ataque do Santo André. O meia insistia nas inversões e tentava ditar o ritmo. Aos 44, esbravejou muito e não escapou do terceiro cartão amarelo. Suspenso pelo acúmulo de três cartões, ele não encara o Oeste, sábado, às 19h10, no Estádio Bruno Daniel.

Apesar da derrota, Marcelinho continua confiante na classificação do Santo André. "Não podemos nos desesperar. Ainda estamos na luta", acredita o Pé-de-Anjo.