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G20 tomará medidas necessárias para reativar a economia

Ministros das Finanças do grupo concordaram em aumentar expressivamente os recursos do FMI

Da AFP
14/03/2009 | 11:06
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O G20 tomará "todas as medidas necessárias" para reativar a economia mundial, revelou neste sábado o ministro britânico das Finanças, Alistair Darling, após uma reunião com seus homólogos do grupo, em Horsham, no sul de Londres.

O grupo formado pelos oito países mais industrializados e as principais potências emergentes concluiu que a "principal prioridade" é restaurar o crédito, e se "comprometeu" a apoiar as economias emergentes a restituir os fluxos de capital.

Minimizando os sinais de divisão entre Europa e Estados Unidos, os ministros das Finanças do G20 concordaram com a "necessidade urgente de aumentar, expressivamente, os recursos do FMI", mas Darling não citou números.

Segundo fontes ligadas às negociações, a Europa gostaria de elevar os recursos do FMI de US$ 250 bilhões para US$ 500 bilhões, enquanto os americanos defendem US$ 750 bilhões.

"Estamos dispostos a adotar as medidas necessárias para garantir a restauração do crescimento econômico e nos comprometemos a fazê-lo pelo tempo que for necessário", destacou o ministro britânico, anfitrião do encontro preparatório para a cúpula dos países mais industrializados do mundo, prevista para 2 de abril, em Londres.

O G20 também concordou com uma "supervisão e regulação suficientes" sobre os fundos especulativos (hedge funds): "Estamos de acordo com uma maior regulação (...) para prevenir o acúmulo de risco" sobre todo o sistema.

Darling destacou que "também estamos de acordo sobre a necessidade de se fazer mais para fortalecer os bancos nos bons tempos para que possam enfrentar as eventuais épocas de crise".

Os dias prévios à reunião de hoje foram marcados por divisões entre Estados Unidos e Europa, em particular sobre a conveniência de lançar um novo plano de estímulo econômico ou se concentrar em uma regulação mais estrita do mercado para combater a recessão.

Darling destacou os progressos obtidos visando uma posição comum: "Estamos de acordo sobre uma quantidade significativa de pontos. Há um grande consenso, tanto sobre a urgência dos problemas que enfrentamos como sobre os passos a tomar".

O ministro britânico disse que na reunião também ficou decidido que é preciso combater o protecionismo e proteger o livre comércio.

A luta contra o protecionismo também foi um ponto convergente no encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega americano, Barack Obama, na reunião mantida entre os dois líderes neste sábado, na Casa Branca.

Os responsáveis pelas Finanças do G20 se comprometeram ainda a fazer os esforços orçamentários necessários para restaurar o crescimento econômico, ação que seria avaliada pelo Fundo Monetário Internacional, e relacionar os chamados 'paraísos fiscais' para adotar medidas punitivas.




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