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Chávez fala da boa saúde de Fidel e critica relatório de DH dos EUA
Da AFP
27/02/2009 | 10:43
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O líder cubano Fidel Castro, afastado da vida pública desde 2006 por problemas de saúde, se encontra em excelente estado físico, assegurou nesta sexta-feira o presidente venezuelano Hugo Chávez, que se encontrou com o líder cubano na semana passada.

"Fidel está muito, muito bem. Muito melhor que todas as vezes que o visitei nos últimos três anos", afirmou o presidente venezuelano numa entrevista ao canal estatal. Nessa entrevista, Chávez também criticou o relatório sobre direitos humanos dos Estados Unidos e afirmou que não se pode ter grandes esperanças em relação ao governo de Barack Obama.

Na véspera, o governo da Venezuela já havia rejeitado "da forma mais categórica e firme" possível o relatório sobre a situação dos direitos humanos no mundo apresentado pelo Departamento de Estado, que questiona Caracas.

"A Venezuela acha inadmissível esta prática recorrente da burocracia dos Estados Unidos, segundo a qual funcionários a serviço do Estado com o mais obscuro recorde de violações e atropelos à dignidade humana na história contemporânea pretendem erigir-se, sem mandato nem legitimidade alguma, em juízes de outros Estados", afirma um comunicado da chancelaria.

O governo de Hugo Chávez exige que se ponha fim "a estas práticas que continuam prejudicando as relações entre nossos Estados, as quais devem ter como base o respeito, a igualdade e a não-ingerência nos assuntos internos", acrescenta o texto.

Além de apontar os países onde a situação dos direitos humanos se deteriorou, os Estados Unidos prometeram considerar as preocupações mundiais sobre seus próprios problemas em relação a este tema, no relatório anual do departamento de Estado americano sobre os direitos humanos, divulgado na quarta-feira.

"Não buscaremos apenas viver de acordo com nossos ideais em território americano, perseguiremos também mais respeito pelos direitos humanos em outras nações, para todos os povos do mundo", afirma a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, no prefácio do relatório.

O estudo sobre a situação dos direitos humanos ao redor do mundo destaca quadros preocupantes, em países como Coréia do Norte, China, Zimbábue, Rússia e outros países da ex-União Soviética.

O relatório informa que não considera outros pontos de vista sobre a situação dos direitos humanos nos Estados Unidos como uma interferência em seus assuntos internos, da mesma maneira que "nenhum outro governo deve considerar opiniões sobre sua situação como tal".

O documento pinta um cenário preocupante sobre as condições de violação dos direitos humanos ao redor do mundo, principalmente em países que costumam aparecer no relatório anual.

Em relação à Venezuela, o texto afirma que a comunidade de organizações não governamentais advertiu sobre uma erosão dos direitos democráticos e dos direitos humanos, com conseqüências potencialmente severas.




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