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Desabamentos deixam 2 mortos e 4 feridos em SP

No bairro do Tremembé, dois jovens foram soterrados depois do desabamento da laje e morreram no local

26/02/2009 | 08:11
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Duas pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas em desabamentos ocorridos na quarta-feira em São Paulo. No bairro do Tremembé, na Zona Norte da cidade, dois jovens foram soterrados depois do desabamento da laje de uma construção. Maxwel Santos de Oliveira, 17 anos, e Edinalvo Ferreira de Lima, 26, passavam pela rua e resolveram buscar abrigo da chuva dentro da construção. A estrutura não resistiu e despencou. As duas vítimas morreram no local.

No Parque Colonial, região de São Mateus, Zona Leste da Capital, quatro pessoas da mesma família ficaram feridas com a queda do muro de cerca de seis metros de uma construção ao lado da casa onde moram. Segundo familiares, Jaqueline Matos, 11 anos, é quem está em estado mais grave, com uma fratura na clavícula e ferimentos na cabeça. Ela foi encaminhada junto com a avó, Vera Lúcia Bossi, e dois tios, José Roberto e Luiz Antônio Bossi, ao Hospital São Mateus.

O vendedor Nelson Bossi, 48, contou que desde a última segunda-feira a água das chuvas começou a ficar represada dentro da obra, que teve início em outubro do ano passado. Preocupado, ele buscou ajuda na Prefeitura. "Na hora do almoço (ontem) liguei para o 156, mas me deram um prazo de um a 40 dias para que a Defesa Civil viesse até aqui. Ninguém me orientou a ligar diretamente para a Defesa Civil", afirmou.

Segundo o vendedor, desde que a construção teve início, as paredes da sua casa passaram a apresentar infiltrações. A colocação de uma torre de telefonia celular no local piorou a situação. "Quando estavam colocando a torre, as trepidações fizeram o reboco do meu teto cair. Tive de mandar arrumar", contou. Nelson dormia na hora do desabamento do muro, que atingiu a sala e a cozinha da casa. "Acordei com o barulho e as pessoas gritando por socorro." Nesta hora, Jaqueline fazia o dever de casa na cozinha. "Acho que foi um milagre ela ter escapado com vida, algum móvel deve ter segurado a estrutura", avaliou o vendedor, que mora há 40 anos no local.

Não chovia no momento do desabamento. "Choveu forte por cerca de uma hora um pouco antes, no final da tarde", relatou Nelson. A Defesa Civil interditou quatro cômodos da residência da família, que agora deve se abrigar na casa de parentes. A equipe da Defesa Civil deverá voltar hoje ao local para mais uma vistoria.




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