Quase oito meses depois do desaparecimento do menino Lucas Pereira, agora com 4 anos (completados em 24 de dezembro), em São Carlos, no Interior, o pai dele, Antonio Carlos Ratto, dobrou o valor da recompensa para obter informações sobre o paradeiro do filho. Em julho, Ratto - engenheiro da Petrobras - ofereceu R$ 30 mil, mas agora o valor oferecido é de R$ 60 mil.

O delegado Sérgio Souza Filho, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), acredita que a atitude de Ratto possa até atrapalhar os trabalhos, mas respeita o direito do pai, que não quer deixar o caso esquecido. "Tenho esperança de localizar meu filho", afirma o engenheiro.

Depois do anúncio da recompensa de R$ 30 mil, centenas de pistas surgiram, mas nenhuma correta. Em São Paulo, uma mulher informou sobre um menino, muito parecido com Lucas, mas que não era ele. De uma favela do Rio de Janeiro, outra pista, também falsa.

Lucas desapareceu em 21 de junho, perto da casa da avó materna. Como mora no Rio de Janeiro e está de folga do trabalho (é gerente de plataforma em alto-mar), Ratto visitou sua mãe, Antônia, e conheceu o novo delegado da DIG que cuida do caso.

O caso acabou com o segundo casamento de Ratto com Érica, mãe de Lucas. Viciada em drogas e envolvida com usuários e traficantes, foi considerada irresponsável por Ratto. "Ela expôs o garoto no Rio e aqui, não calculou os riscos", diz o engenheiro.

A possibilidade de ligação do vício da mãe com o sumiço de Lucas foi investigada. O delegado Souza Filho diz que essa suspeita já está nos autos do processo e quer partir para novas informações. Uma linha de investigação fora da cidade será seguida.