O Senado dos Estados Unidos retoma nesta sexta-feira seu debate sobre o plano de reativação econômica de US$ 900 bilhões proposto pelo presidente Barack Obama. "Estou otimista que possamos fazer algo", afirmou o líder da maioria democrata Harry Reid ao encerrar a sessão de quinta-feira, um dia agitado no Congresso, que não conseguiu avançar em suas discussões, apesar da pressão exercida pelo presidente Obama.
O chefe de Estado advertiu aos senadores que "o tempo de falar acabou e que era hora de deixar para trás as mesquinharias". Na noite de quarta-feira, o Senado decidiu pela flexibilização da controversa cláusula "Buy American" (compre produtos americanos) - considerada protecionista -, atrasando sua adoção pela oposição republicana e aumentando a ansiedade do resto do mundo.
Os senadores votaram com as mãos levantadas a mudança do texto e determinou que o plano de retomada deve respeitar as leis e tratados comerciais já existentes, ou seja, as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio).
O projeto continha uma cláusula protecionista que interditava a compra de aço, ferro ou produtos manufaturados estrangeiros para projetos financiados pelo plano de retomada de quase US$ 900 bilhões.
A inclusão desta cláusula no plano de retomada desencadeou vivas reações da União Européia e do Canadá. O presidente Obama considerou-a um "erro", vendo nela inclusive uma fonte potencial de guerra comercial. A nova formulação determina que a cláusula "Buy American" será aplicada de acordo com as obrigações dos EUA em virtude dos acordos internacionais.
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