Embora os "jurados virtuais" não pudessem ler os autos e ver um dos depoimentos nem tinham a prerrogativa de fazer perguntas, tiveram acesso ao comentário de juristas, closes em documentos, vídeos mostrados em plenário e até às pesquisas rápidas feitas na internet em momentos de dúvida.
Por outro lado, quem acompanhou o julgamento de longe não teve uma visão geral de seus personagens, mas um recorte restrito ao que o juiz Leandro Bittencourt Cano autorizou gravar.
As três câmeras usadas não filmaram os sete integrantes do júri e exibiram apenas uma fileira da plateia. Também não mostraram familiares e só deram closes em Mizael quando ele prestou seu depoimento. Isso impediu ver as reações do conselho de sentença e do réu, fatores subjetivos que também contribuem para se formar um juízo mais completo do caso. O ânimo do público foi sentido em raros momentos, como no irônico "óóó..." emitido em uma falsa demonstração de pena por Mizael durante seu depoimento.
Apesar das limitações, porém, o magistrado fez apenas uma censura às imagens, quando Márcio Nakashima, testemunha de acusação e irmão de Mércia, bateu boca com os defensores do réu. A publicidade e o caráter didático pretendido para o julgamento parecem ter sido alcançados, sem que ele se tornasse um espetáculo televisivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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