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Juízes suspendem julgamentos em Guantánamo

O presidente dos EUA pediu que todos os julgamentos de Guantánamo fossem adiados por 120 dias

Do Diário OnLine
Com AFP
21/01/2009 | 09:20
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Os juízes Patrick Parrish e Stephen Henley suspenderam nesta quarta-feira os julgamentos que deveriam acontecer nesta semana na prisão de Guantánamo. A primeira medida de Barack Obama a frente da Casa Branca foi pedir que todos os julgamentos do presídio fossem suspensos por 120 dias.

O primeiro a apoiar a decisão do democrata foi o juiz Patrick Parrish. Ele não irá mais fazer o julgamento do canadense Omar Khadr, acusado de crimes de guerra. Em seguida, já no início da tarde, Stephen Henley também prorrogou o julgamento de cinco presos suspeitos de terem participado no atentado de 11 de setembro de 2001.

"A defesa não se opõe à moção e o juiz (Patrick Parrish) ordenou que seja aplicada", afirmou o porta-voz dos tribunais, Jo Dellavedova.

A primeira medida de Barack Obama como mandatário dos norte-americanos foi apresentada logo na manhã desta quarta-feira, o primeiro dia de governo depois da posse do democrata.

"No interesse da justiça, e a pedido do presidente dos Estados Unidos e do secretário de Defesa, Robert Gates, o governo solicita, respeitosamente, que as comissões militares autorizem o adiamento dos processos mencionados anteriormente até 20 de maio de 2009", afirmou a moção que foi apresentada pelo juiz Cayton Trivett.

A prisão - A prisão de Guantánamo foi aberta em 2002 pelo ex-presidente George W. Bush. Na época, Bush afirmou que a ação tinha como objetivo fazer parte da "guerra contra o terrorismo".

Segundo dados do Pentágono, Guantánamo abriga 245 detentos. Desde que a penitenciária foi aberta, quase 800 pessoas foram detidas por serem consideradas uma ameaça à paz mundial.

Organizações de defesa dos direitos humanos classificaram a prisão de Guantánamo como uma área de arbitrariedade judicial, já que a maioria dos detentos passam anos sem serem julgados.

 




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