Política Titulo Apoio ao PSDB
Declaração de Márcio França incomoda dirigente socialista
Rogério Santos
do Diário do Grande ABC
10/12/2011 | 07:36
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A declaração do presidente estadual do PSB, Mário França, de que o partido inclina para formar alianças com o PSDB na maioria das cidades do Estado, gerou desconforto ao presidente da sigla em São Bernardo, Luis Carlos Heredia. "Sou contrário. A não ser que venha decisão de cima para baixo. Não sei nem quem será o candidato do PSDB", disse o dirigente municipal. "Se a estadual decidir pela aliança com os tucanos, me licencio do cargo. Não vejo essa aliança com bons olhos, já estivemos juntos uma vez e não gostei."

Na cidade, o PSB foi aliado do PSDB na eleição de 2008, na chapa formada por Edinho Montemor (candidato a vice) e Orlando Morando (postulante a prefeito). O partido elegeu cinco vereadores, mas após a saída do ex-chefe do Executivo e hoje deputado federal William Dib, perdeu o rumo.

A possível parceria, no entanto, é comemorada pelo presidente da executiva municipal tucana. "Se acontecer, será bem-vinda."

A afirmação de Márcio França é incoerente. No ano passado, o socialista se mostrou incomodado com o posicionamento dos três vereadores do PSB que se mantinham na oposição ao prefeito Luiz Marinho (PT).

À época, Antonio Cabrera, Ary de Oliveira e Sérgio Demarchi eram contrários à gestão petista. Em visita a Marinho, França disse que Deus envia sinais", ao pressionar os parlamentares a seguir Vandir Mognon e Pastor Ivanildo de Santana (hoje no PTB), que se alinharam ao governo.

Depois disso, o presidente estadual declarou várias vezes que o PSB teria candidatura própria ao paço de São Bernardo, sugerindo inclusive o nome de Cabrera como eventual candidato.

 

Aliado de Alckmin - Márcio França afirmou que a tendência do partido é formar aliança com os tucanos nos pleitos municipais para manter as boas relações com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Por outro lado, o socialista não descarta composições com o PT, o qual os socialistas são parceiros em âmbito nacional, nas políticas implementadas pela presidente Dilma Rousseff.

A bipolaridade da sigla pode ser problema para as amarrações dos diretórios municipais do Grande ABC em 2012. Principalmente se as definições vierem das direções estaduais e nacionais.




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