Um grupo de 202 alunos, pesquisadores e professores da USP (Universidade de São Paulo), atendeu entre os dias 7 e 16 de dezembro a população de Itaobim (MG), no Vale do Jequitinhonha, a 620 Km de Belo Horizonte. O projeto, chamado Bandeira Científica, assiste municípios carentes desde 1998. O pesquisador Luiz Fernando Ferraz da Silva, da Faculdade de Medicina da USP, um dos idealizadores do projeto, recorda que a Bandeira Científica recupera uma iniciativa semelhante interrompida em 1969.

Itaobim conta com um hospital, 7 postos de saúde, 4 UBS (unidades básicas) e três equipes do PSF (Programa Saúde da Família). A estrutura responde bem pela atenção na zona urbana, onde vivem cerca de 75% dos moradores. Mas, vencidas as doenças mais comuns surgem demandas de outras especialidades médicas. Apenas um oftalmologista cuida da população de 21 mil habitantes pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Suas visitas são mensais e a fila de espera é grande. A situação é mais difícil na zona rural e nos povoados fora do centro urbano de Itaobim.

No projeto não havia só médicos. Bandeira Científica conta com estudantes de Nutrição, Engenharia, Psicologia, Fisioterapia, Odontologia e Jornalismo para trabalhar na expedição. O prédio da prefeitura e um salão do Country Club de Itaobim serviram como alojamentos. Merendeiras escolares, coordenadas pelas nutricionistas do grupo, preparavam as refeições.