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Cai em 40% número de seqüestros em SP em 2008

Foram registrados 52 casos até a primeira quinzena de dezembro, contra as 97 ocorrências do ano passado

30/12/2008 | 10:01
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O ano vai terminar com uma boa notícia na segurança pública do Estado de São Paulo: o número de seqüestros cai mais de 40% em comparação com 2007. O total de 52 casos até a primeira quinzena de dezembro – foram 97 no ano passado – é menor do que o número de 2000 (63 casos), ano da explosão desse tipo de crime em São Paulo. A queda é a mais significativa entre os crimes violentos, superando até a de homicídios, e está ligada a vários fatores, incluindo a diminuição nos casos que terminam em pagamento de resgate e nos valores obtidos pelos criminosos.

Além disso, há o alto índice de prisões e a migração dos bandidos para o tráfico de drogas. “O valor dos resgates neste ano ficou em 2% do total que havia sido exigido. O crime passou a não compensar”, diz o diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), Youssef Abou Chahin. Apesar da diminuição do ganho, os gastos para se fazer um seqüestro permaneceram os mesmos: pagar as contas do cativeiro, dividir o dinheiro entre os integrantes da quadrilha, comprar armas e esperar 30 ou até 60 dias para receber.

“Não compensa, também, porque, mesmo depois desse trabalho, a chance de o criminoso receber o resgate é pequena”, conta o diretor da DAS (Divisão Anti-Seqüestro), Wagner Giudice. Apenas um em cada quatro casos de seqüestro neste ano em São Paulo terminou em pagamento. Em nenhum deles, os bandidos obtiveram das famílias mais do que R$ 100 mil – a média foi de R$ 15 mil. Em 2002, no auge desse tipo de crime no Estado, houve resgates pagos de até US$ 1 milhão, como no caso do herdeiro de uma rede de lojas de eletroeletrônicos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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