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Cônsul da Espanha é destituído por vazar documento
19/12/2008 | 08:57
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O governo da Espanha destituiu oficialmente o cônsul-geral do país em São Paulo, Fernando Martínez Westerhausen. O motivo foi o vazamento de um documento confidencial destinado ao Ministério de Assuntos Exteriores e de Cooperação de seu país, no qual o diplomata relatou detalhes da prisão na semana passada de um político espanhol no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos. O conteúdo foi todo publicado pela agência de notícias Europress.

O político Alfredo Prada, de 50 anos, diretor do Partido Popular - de oposição ao governo do primeiro-ministro espanhol José Luiz Rodríguez Zapatero -, foi preso no dia 10 deste mês por desacato.

De acordo com a PF (Polícia Federal), Prada se negou a passar dois frascos com líquido, que estavam na bagagem de mão, pelo aparelho de raio X. Após isso, ele desrespeitou funcionários da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) e agentes da PF.

O Consulado-Geral da Espanha em São Paulo nega que a destituição tenha relação com o incidente. De acordo com o cônsul-adjunto Ignacio García Lumbreras, o motivo teria sido somente o vazamento do relatório "a terceiras pessoas" e que acabou sendo divulgado pela imprensa espanhola.

"Eram informações confidenciais que vazaram. Não tem relação com a detenção de Prada ou com um incidente diplomático entre Espanha e Brasil", disse o diplomata, que assumirá provisoriamente o consulado.




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