O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), reforçou ontem que é contrário à proposta de uma eventual chapa tucana puro-sangue para a Presidência em 2010, que seria encabeçada pelo governador paulista José Serra (SP) e na qual o mineiro sairia como vice.
A idéia é discutida pela cúpula do PSDB paulista. Aécio disse que "esse jogo não está jogado". Segundo ele, não há possibilidade de alguém"se eleger sem o fundamental apoio de Minas Gerais".
Durante pronunciamento na ACMinas (Associação Comercial do Estado), Aécio admitiu que pode disputar a eleição presidencial. "Sim, se as circunstâncias assim orientarem. Mas ninguém atropelará o projeto mineiro", enfatizou. Aécio havia sido provocado pelo presidente da entidade, Charles Lotfi, que exortou o governador a iniciar já a "marcha" rumo ao Palácio do Planalto.
Em discurso para empresários, o governador afirmou que considera importante a articulação do Estado em torno de seu nome para o "reequilíbrio da geopolítica nacional", sugerindo uma suposta hegemonia de 16 anos dos políticos de São Paulo no comando do governo central.
"Não interessa a nenhum país ter uma concentração, durante tanto tempo, de governo, de poder econômico, de poder político em uma só unidade da Federação", disse.
Indagado sobre uma eventual dobradinha entre ele e Serra, Aécio observou que o Brasil tem um "quadro partidário extremamente plural" "que uma chapa puro-sangue soaria de alguma forma pretensiosa".
"Devemos buscar uma grande aliança não apenas para vencer as eleições, mas para governar o Brasil", disse. "Não há necessidade disso para que estejamos juntos".
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