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Cresce consumo de crack no interior de São Paulo
15/12/2008 | 09:11
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O crescimento do consumo de crack transformou-se em um problema de saúde pública em cidades do interior paulista, onde a droga, desconhecida até 1994, saiu da periferia, bateu à porta de casas de famílias das classes média e média alta e chegou até a zona rural. É o que acontece em Ibirá, com 12 mil habitantes, e Catanduva, com 115 mil, na região de São José do Rio Preto. Crianças de 9 a 12 anos são usadas como mulas e algumas são usuárias constantes. Adolescentes de 13 a 17 anos controlam bocas-de-fumo, enquanto casas de recuperação superlotam.

O jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a droga já teve o uso identificado entre consumidores das 27 capitais brasileiras, principalmente jovens e pobres, conforme pesquisas do Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas).

Em Catanduva, há um centro de recuperação para atender camponeses. "Aqui, 30% dos nossos internos são trabalhadores rurais", diz o padre Osvaldo Rosa, responsável pelo Lar, que num sítio tem 24 internos na laborterapia, baseada em pequenos trabalhos rurais na horta, capinação, colheita de frutas e pequenas criações.

O padre cuida de mais dois centros: a Casa Samaritano, para mulheres, e a Comunidade Emaús, para alcoólatras. Segundo o padre - pároco da Igreja Imaculada Conceição, do bairro Bom Pastor, na periferia de Catanduva e local famoso pelas bocas-de-fumo -, de 80 a 100 pessoas o procuram todo mês para se inscrever no programa de recuperação. "Conseguimos colocar uns 10 ou 12", diz. Dez grupos, com ex-usuários e voluntários, passam semanas para recrutar dependentes interessados em tratamento.




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