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Artigo - 'Tempos mudam, mas valores não precisam se perder'
Especial para o Diário
14/12/2008 | 07:05
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Müller foi batizado Luiz Antonio Corrêa da Costa. Tem 41 anos e é diretor executivo do Santo André, onde assumiu no início do mês como responsável pelas categorias de base e profissional. Jogou pela Seleção Brasileira em três Copas do Mundo: México (1986), Itália (1990) e Estados Unidos (1994), quando a equipe se consagrou campeã mundial. É o único jogador a vestir a camisa de seis grandes clubes paulistas: São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Portuguesa, Santos, São Caetano. Müller atuou ainda no Cruzeiro, Torino (Itália), entre outras agremiações. Além do campo, o jogador também se dedicou à vida religiosa, tendo sido consagrado pastor.

em"Fui criado dentro de normas rígidas de educação na minha casa. Nasci em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e sou descendente de índios. Lá, aa minha terra-natal, a gente tinha de se comportar muito bem. Mesmo já grandinho, para sair para a rua, eu tinha de pedir permissão para o meu pai. Tínhamos de obedecer a horários estabelecidos pela minha família.

Hoje, quando olho para os meus filhos vejo o quanto o mundo mudou. As regras são mais soltas. Tenho três meninos: Luiz, 20 anos, Matheus, 18, e Gabriel, 11. Eles vivem com a mãe, em Belo Horizonte, em Minas Gerais. Casei uma vez e estou separado.

 Da minha infãncia para cá, nos últimos 30 anos, a sociedade sofreu várias mudanças. Por isso mesmo não posso cobrar de meus filhos o mesmo comportamento que eu tive. Eles e eu também temos de acompanhar as mudanças da sociedade. Mas isso não quer dizer que não abro mão de cultivar e valorizar neles o caráter, a ética e conduta correta com o próximo. Os tempos mudam, mas valores tão importantes não precisam se perder, apesar de o mundo ter se tornado mais flexível.

Mas, de um modo geral, não busco impor o modo como vejo o mundo para as pessoas. Cada um tem que ter senso de responsabilidade. No campo profissional, também não imponho condutas, a não ser as de dentro do campo.

Como acho que os atos das pessoas falam por si mesmos, não busco ser referência, mas sei que a minha história de vida e carreira fazem com que as pessoas tenham uma certa expectativa em relação a forma como eu ajo. Isso não me incomoda. Também me mirei em outras pessoas. Uma delas foi o Oscar, que jogou no São Paulo (zagueiro de 1980 a 1987) e na Seleção Brasileira (disputou a Copa do Mundo da Espanha, em 1982, e a do México em 1986). Ele era um homem de uma conduta admirável dentro e fora de campo de futebol. Um atleta de verdade"./em




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