Formado em Administração e com MBA da área, o analista de qualidade Jorge Luiz da Silva, 47 anos, é daqueles que têm uma jornada dupla de trabalho. "Quando chego em casa dou banho na nenê, faço comida e, de vez em quando, lavo e passo roupa", diz.

Jorge faz parte do time de homens que dividem a bola quando o assunto é a participação do casal nas tarefas domésticas.

O comportamento do analista engrossa estudo do IBGE sobre a relação do nível de ensino nas tarefas do lar. A PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílios) realizada entre 2001 e 2005 aponta que 54% dos homens que ajudam nos afazeres domésticos têm 12 anos ou mais de estudo.

No caso particular, Jorge diz que ajudar em casa é sinal de maturidade, já que está no segundo casamento. Ele explica que pelo fato de sua mulher, Kátia, 35 anos, ser também uma profissional atuante, não faria sentido deixar que ela assumisse toda a responsabilidade pela ordem da casa - mesmo agora, quando está de licença para cuidar da filha do casal, Karina, oito meses. "Há 25 anos, no meu primeiro casamento, eu não era nada prendado, porque não percebia a necessidade de ajudar, tanto é que ocupava o meu tempo livre jogando futebol com os colegas", afirma.