D+ Titulo Homens
Em desvantagem na hora da recolocação profissional
Angélica Kenes Nicoletti
Diário do Grande ABC
14/12/2008 | 07:03
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José Augusto Marinelli é presidente da Lens & Marinelli, consultoria pioneira no País em outplacement, atividade dirigida a dar suporte técnico e emocional para executivos récem-desligados de grandes corporações. Do privilegiado ponto de vista de quem lida no cotidiano de profissionais qualificados, ele observa que os homens têm muito a aprender com as mulheres ao buscarem uma vaga.

DIÁRIO - Homens e mulheres têm atitudes diferentes ao buscar uma recolocação?
JOSÉ MARINELLI -- Para eles é mais difícil, principalmente porque eram líderes auto-suficientes e nessa fase de transição de emprego é preciso pedir e receber ajuda. Têm dificuldade de mostrar que estão disponíveis. Enquanto isso, elas levam vantagem porque não têm medo de se expor. Se precisam pedir ajuda, pedem; se precisam chorar, choram; se precisam perguntar, perguntam e ouvem. No mercado, o boca a boca é muito importante. Acho que os homens poderiam ganhar se copiassem o comportamento das mulheres.

DIÁRIO - As mulheres se emprega rapidamente?
MARINELLI - A fase de transição de emprego para o sexo feminino é, em geral, em torno de 10% a 15% menor do que a dos homens. Apesar de serem mais objetivos, determinados e práticos, eles têm ainda a cintura muito dura.

DIÁRIO - A mulher é mais flexível?
MARINELLI - Elas estão acostumadas a exercer vários papéis, como esposas, mães. São multifuncionais, o que é outra vantagem. Em um cenário de estruturas mais enxutas, é desejável que um funcionário atue em vários papéis dentro de uma empresa.

DIÁRIO - A nova geração tem menor diferença de habilidade entre os sexos?
MARINELLI - A geração ‘Y' é extremamente competitiva e tem uma relação pragmática com o emprego, que é encarado como um job com começo, meio e fim. Nesse aspecto, acho que as moças é que incorporaram características masculinas, como a de ter uma vida de trabalho tresloucada.




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