Patologias reumáticas não são mais exclusividade de quem já alcançou a terceira idade. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), 30% da população brasileira sofre com algum tipo de doença reumática. O problema atinge principalmente mulheres na faixa entre 35 a 55 anos.
"A artrite reumatóide é uma das mais freqüentes, e pode gerar desde traumatismos até doenças auto-imunes", afirma o médico ortomolecular Marcos Natividade, da Capital.
Alguns sintomas dela são inflamações, dores e inchaço nas articulações, principalmente nas mãos e punhos, podendo acometer também joelhos, cotovelos e tornozelos. "Se não houver tratamento adequado, o resultado final poderá ser a limitação dos movimentos", completa o reumatologista José Carlos Szajubock, de Santo André.
A causa é desconhecida, mas existe um forte fator imunológico, ou seja, quando o organismo produz anticorpos contra si mesmo, explica Szajubock. O diagnóstico precoce ainda é o maior aliado.
"A partir da idade adulta, a mulher deve fazer exames de rotina para verificar se não está ocorrendo perda de cálcio e outros nutrientes essenciais. Caso haja deficiência, o tratamento ortomolecular pode ser uma opção, por agir na raiz do problema. Ou seja, visa repor nutrientes, vitaminas e ácidos graxos, fornecendo ao organismo as moléculas corretas para ficar equilibrado", explica Natividade.
O especialista ortomolecular diz que nutrientes podem ser utilizados no combate a dores, como as vitaminas C e D, que favorecem o metabolismo do cálcio; minerais como cálcio e magnésio para evitar a perda óssea; e ômega 3, que controla os processos ligados à inflamação.
"No entanto, a paciente precisa ser consciente de que cada organismo é diferente do outro e que o tratamento é individual. Ou seja, somente após uma consulta detalhada e da análise de exames, é possível levantar as deficiências do paciente e indicar o tratamento mais apropriado para aquele caso", ressalta Natividade.
Já o reumatologista Szajubock esclarece que o tratamento pode ser dividido entre medicamentos para aliviar os sintomas, como antiinflamatórios e corticóides, e outros que modificam a evolução natural da doença, com auxílio da droga metotrexato. "E quando a patologia não responde a esses tratamentos, é preciso lançar mão de medicamentos imunobiológicos. que são mais eficazes, mas o maior problema está relacionado ao alto custo", explica Szajubock.
Embora tenha diferentes formas de cuidar, permitindo que o paciente mantenha qualidade de vida e se livre da dor, a artrite reumatóide não tem cura. "Com essas medidas terapêuticas e tratamentos precoces, é possível evitar a evolução do problema", reitera o reumatologista Szajubock.
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