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Força do PMDB preocupa alto escalão de Lula
24/11/2008 | 07:04
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A lua de mel do governo federal com sua base de sustentação no Congresso acabou. Depois de passar o ano aprovando projetos de seu interesse, aproveitando o alto índice de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo não tem mais controle político sobre os aliados na Câmara e no Senado e registra a retomada do discurso oposicionista.

O cenário representa claro desgaste na conversa com os parlamentares, além do risco de aprovação de despesas que a equipe econômica considera indesejáveis. Nos últimos dias, o governo viu senadores do PMDB, principal partido aliado, comandarem uma insurreição contra a medida provisória 446 - que anistia entidades filantrópicas -, e sua devolução ao Executivo, um desafio que não ocorria desde 1989.

Assistiu ainda o senador petista Paulo Paim (RS) liderar o movimento de aprovação do projeto de lei 58 - que prevê a recomposição do valor de aposentadorias e pensões da Previdência Social num período de cinco anos. O impacto anual chega a R$ 76,6 bilhões.

O Palácio do Planalto também enfrenta dificuldade para administrar o processo de sucessão para as presidências da Câmara e do Senado. Para o PT, a solução seria a pura divisão do poder: o PMDB ficaria com a Câmara, com Michel Temer (SP), e o PT levaria o Senado, com Tião Viana (AC). Mas o PMDB cobra o cumprimento do acordo feito há dois anos que garantiu a eleição de Arlindo Chinaglia (PT) para comandar a Casa com o apoio peemedebista. Em troca, o PT teria de apoiar nome do PMDB para a sucessão de Chinaglia.




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