Internacional Titulo Irã
Israel deveria preparar ataque ao Irã e boicotar eleições palestinas, afirma jornal
Da AFP
23/11/2008 | 12:53
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Um documento oficial publicado neste domingo pelo jornal Haaretz anunciou que Israel deveria se preparar para atacar o Irã e impedir que este produza armas nucleares, assim como impedir as eleições palestinas, mesmo que para isso tenha que enfrentar os Estados Unidos.

Segundo o periódico, o documento foi redigido por um órgão de segurança israelense e adverte para o perigo de que o Estado hebreu se encontre virtualmente sozinho em 2009 frente ao Irã, após uma aproximação do próximo governo norte-americano com Teerã e o mundo árabe, o que poderia comprometer sua supremacia militar na região.

"Israel está praticamente sozinho frente à ameaça estratégica do Irã e dos mísseis balísticos e foguetes de vários países da região", ressalta o documento.

Assegura que Israel deve preparar uma opção militar porque dispõe apenas de uma "janela" limitada para atuar antes que o Irã obtenha a arma atômica, se os outros países desistirem de impedi-lo.

Esse documento, que deve ser apresentado em dezembro no marco de um relatório anual do Conselho Nacional de Segurança, recomenda que se coopere estreitamente com os Estados Unidos para impedir um possível acordo entre Washington e Teerã que prejudique os interesses israelenses.

Além disso, adverte para o possível "desaparecimento" político do presidente palestino, Mahmud Abbas, cujo mandato deve terminar em 9 de janeiro.

O texto ressalta uma possível desintegração da Autoridade Palestina e um aumento de poder do movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde junho de 2007.

Indica que Israel deveria "impedir as eleições da Autoridade Palestina, inclusive se arriscando a um confronto com Washington e com a comunidade internacional".

Por fim, o documento considera que Israel pode, com o apoio dos Estados Unidos, "progredir para obter um acordo com a Síria, inclusive se for preciso pagar um preço elevado", em referência às Colinas de Golã, ocupadas desde 1967 e cuja restituição é exigida por Damasco.

Um acordo com a Síria também poderia levar a outro com o Líbano, o que enfraqueceria a aliança de Damasco com o movimento xiita libanês Hezbollah e com o Hamas.




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