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Banha pede trégua entre vereadores

Presidente da Câmara de Ribeirão deseja colocar fim aos debates acalorados durante plenárias

Cynthia Tavares
do Diário do Grande ABC
06/03/2013 | 07:18
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O presidente da Câmara de Ribeirão Pires, Edson Savietto, o Banha (PDT), tem conversado com os colegas para tentar evitar brigas acaloradas em plenário, como tem ocorrido nas últimas sessões. O pedetista admitiu que falou com alguns colegas sobre o tom na tribuna.

Por diversas vezes, os discursos beiraram as ofensas pessoais, o que seria caracterizado quebra de decoro parlamentar. "A gente deu uma conversada com os vereadores, mas não sobre como eles devem se portar na tribuna", ponderou o comandante do Legislativo.

Banha resolveu falar com os colegas após o embate entre José Maria Adriano (PMDB) e Renato Foresto (PT), na semana passada. Os dois trocaram acusações ao debaterem a morte de uma vigia durante assalto a um banco em Ribeirão. O peemedebista chamou o colega de "banqueiro" (classe patronal) e o petista, ligado ao sindicato dos bancários, irritou-se.

A conversa do presidente parece ter surtido efeito, pois a sessão de ontem transcorreu na mais perfeita paz. Banha afirmou que não possui perfil de podar os parlamentares nos discursos, apesar de o regimento interno estipular os tempos. "A discussão é importante, não pode ser uma ditadura. Quando o debate é bom para a cidade, deixo mais livre. É uma questão de perfil", disse.

Independentemente do quadro delicado, o líder da Casa analisou que não existe a necessidade de implantar um código de ética para os colegas. "Quando se tem respeito entre as partes não existe problema algum", ponderou.

O vice-presidente da Câmara, vereador Paixão (PPS), reiterou que todos precisam ser conscientes. "Cada um é dono do seu nariz. Todo mundo aqui é gente grande e não precisa partir para a agressão física."

 

COMBUSTÍVEL

Apesar das ponderações, os tempos de paz podem estar com os dias contados. O Legislativo aprovou ontem projeto de autoria do vereador Adriano, que obriga a leitura de todos os requerimentos dos parlamentares. "Política se faz com transparência e por isso apresentei essa proposta", alegou o peemedebista.

O primeiro-secretário da Câmara, Gabriel Eid Roncon (PR), avaliou que a prática vai fomentar mais discussões. "A Casa preza pela transparência, mas, do jeito que a situação está (tensa), vamos ter problemas. Cabe à mesa diretora ficar de olho e fiscalizar qualquer quebra de decoro", destacou o republicano.

A Câmara também aprovou projeto de lei que obriga a Prefeitura divulgar quais estabelecimentos estão com alvará de funcionamento em dia.




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