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Piratas somalis pedem resgate por superpetroleiro

Segundo o IMB (Birô Marítimo Internacional), os ataques de piratas se tornaram incontroláveis

Da AFP
19/11/2008 | 08:41
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Os seqüestradores de um superpetroleiro saudita exigiram nesta quarta-feira o pagamento de resgate, e um navio de guerra indiano atacou um navio de piratas, que teriam capturado mais três embarcações nas últimas horas, tornando a situação ainda mais tensa no Golfo de Aden.

Segundo o IMB (Birô Marítimo Internacional), os ataques de piratas se tornaram incontroláveis. A situação observada nas últimas semanas mostra um aumento anormal dos atos de violência e capturas de navios, apesar do reforço da segurança na região.

A fragata indiana "INS Tabar", um dos navios de guerra que protegem a região, destruiu uma das principais embarcações dos piratas na noite da última terça-feira, depois de ter sido alvo de disparos, informou o porta-voz da Marinha da Índia, Nirad Sinha.

"Pelo que se vê nas fotografias, o barco pirata foi completamente destruído", afirmou um oficial indiano que pediu anonimato.

Este é o maior golpe até o momento contra os piratas e a primeira vez eles vêem um de seus principais navios ser destruído.

O confronto ocorreu depois do anúncio por parte de grupos marítimos internacionais de novos seqüestros na costa da Somália.

"A situação já é incontrolável. As Nações Unidas e a comunidade internacional devem acabar com esta ameaça", declarou Noel Choong, diretor do Centro de Observação da Pirataria do IMB.

Andrew Mwangura, diretor do departamento queniano de um programa de assistência aos marinheiros, com base na cidade portuária de Mombasa, denunciou que um pesqueiro tailandês e um grego foram capturados na última terça-feira na Somália, embora o ministro grego da Marinha Mercante tenha afirmado não estar a par do seqüestro do navio de seu país.

Por outro lado, Mwangura anunciou que os piratas somalis libertaram nesta quarta-feira um navio de Hong Kong, o MV Great Creation, e seus 25 tripulantes, seqüestrados há dois meses.

O MV Great Creation fora capturado em 18 de setembro. Sua tripulação é composta de 24 chineses e um cingalês.

Os piratas somalis que seqüestraram, no dia 15 de novembro, o superpetroleiro saudita "Sirius Star" exigiram um resgate para liberar o navio e a tripulação, declarou ao canal Al-Jazeera um homem apresentado pela emissora do Qatar como um dos responsáveis pelo crime.

"Há negociadores a bordo do navio e em terra. Quando chegarem a um acordo sobre o resgate, este será enviado em dinheiro ao petroleiro", declarou, sem revelar o valor exigido, o homem identificado como Farah Abd Jamekh.

"Garantiremos a segurança do navio que transportar o resgate. Contaremos o dinheiro de forma mecânica", acrescentou o pirata, que teve a voz dublada para o árabe. Temos as máquinas necessárias para identificar as cédulas falsas", acrescentou.

 




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